Em meados da década de 1990, uma nova modalidade de educação é instituída no Brasil, a educação profissional. Nos anos posteriores, diversas pesquisas na área de educação analisaram os pressupostos dessa nova modalidade, suas estruturas pedagógicas, suas ligações com a estrutura de produção e com a econômica. Em suas análises alguns pesquisadores foram deixando traços e indicações das suas concepções de tecnologia. Este artigo busca apresentar e discutir as noções de tecnologia presentes em trabalhos de pesquisa sobre o ensino profissional no Brasil à luz das reflexões de Andrew Feenberg. Balizando-se nas concepções da autonomia da tecnologia em relação a ação humana e na ideia de neutralidade da tecnologia, Feenberg propõe um enquadramento das diferentes visões de tecnologia em quatro campos: determinismo, substantivismo, instrumentalismo e teoria crítica.