A POLÍTICA NACIONAL DE ENERGIA: UM OLHAR SOBRE O PAPEL DA ESCOLA MOÇAMBICANA NA PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO DOMÍNIO DA ILUMINAÇÃO ELETRICA RESIDENCIAL

Autores

  • Rui Muchaiabande Universidade Licungo-Extensão da Beira
  • Urânio Stefane Mahanjane Universidade Pedagógica de Maputo
  • Paulo Cesar Marques de Carvalho Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Política Energética, Eficiência Energética, Educação

Resumo

Neste estudo examinamos a vinculação da Política Nacional de Energia (PNE) de Moçambique como directriz para a expansão do acesso à energia com foco no papel atribuído à escola nos Programas de Eficiência Energética (PEE) na matriz de iluminação eléctrica que foi avaliado a partir de um questionário. Participaram na amostra 1.056 alunos do Ensino Secundário Geral (8ª a 12ª classe) da cidade da Beira. Os resultados indicam que a taxa de participação da escola como espaço de promoção de PEE é de 3,3%, estando abaixo da Televisão (73,6%), da concessionária Electricidade de Moçambique (9,9%), da Rádio (5,1%) e de Família e Amigos (4,3%). Em respeito à iluminação eléctrica, o estudo revela que lâmpadas incandescentes continuam a ser o tipo de tecnologia mais comum disponível no sector residencial com uma taxa de participação de 36,5%, seguindo as lâmpadas fluorescentes compactas (29,4%), lâmpadas fluorescentes tubulares (17,5%), LEDs (13,4%) e outras (3,3%). Concluímos que, apesar de muitos avanços na energização do país, a escola ainda não é expressiva dentro da PNE no cenário dos PEE.

Biografia do Autor

  • Rui Muchaiabande, Universidade Licungo-Extensão da Beira
    Possui graduação em ensino de Física (1996) e Mestrado em Educação/Ensino de Física (2011) pela Universidade Pedagógica de Moçambique. Docente na Universidade Pedagógica de Moçambique(1996-2018) Docente na Universidade Licungo (2018-Presente). Atualmente é doutorando em Energia e Meio Ambiente na Universidade Pedagógica de Moçambique atuando na área de Tecnologias Sustentáveis de Geração de Energia e Eficiencia Energética
  • Urânio Stefane Mahanjane, Universidade Pedagógica de Maputo
    Possui graduação em Electrotecnia – Correntes fracas em combinação com Informática pela Universidade Técnica de Dresden, Alemanha em 1994 e doutorado em Electrotecnia – Correntes fracas pela Universidade Técnica de Dresden, Alemanha em 1998. Atualmente é professor auxiliar no Departamento de Engenharias da Escola Superior Técnica da Universidade Pedagógica de Maputo. Tem atividades de ensino, pesquisa e extensão nos temas: Produção de materiais de ensino de baixo custo, geração fotovoltaica e Educação Profissional. Coordenador do Programa de Mestrado em Sistemas de Informação para Gestão Ambiental. Coordenador do Núcleo de pesquisa.
  • Paulo Cesar Marques de Carvalho, Universidade Federal do Ceará
    Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Ceará (1989), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1992) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Paderborn, Alemanha (1997). Atualmente é professor titular do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará. Tem atividades de ensino, pesquisa e extensão nos temas: geração fotovoltaica, geração eólica e biodigestores. Coordena o Laboratório de Energias Alternativas da UFC. Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq.

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Publicado

2020-11-08