No contexto da recente recomendação do Ministério da Educação do Brasil para inserção do ensino de metrologia em cursos formais, fundamental e superior, o presente trabalho examina os requisitos de ferramentas da tecnologia da informação aplicáveis à educação e ao treinamento em áreas relacionadas às medições e instrumentação. O trabalho baseia-se no resultado de análise das contribuições publicadas nos Anais do VXII Congresso Mundial de Metrologia, realizado pela International Measurement Confederation (IMEKO), na Croácia, em junho de 2003, em particular na profícua discussão conduzida no âmbito de uma mesa-redonda sobre o tema, coordenada pelos autores naquele evento. No contexto da análise das potencialidades e limitações das ferramentas educacionais e do rigor metrológico que deve caracterizar a disciplina em todos os seus níveis de aplicação, o trabalho considera a natureza da formação profissional e questiona até que ponto os requisitos dessas ferramentas são afetados pela ampla difusão e aplicação das tecnologias associadas à medição e instrumentação. Inserção da metrologia no ensino superior– Em 28 junho de 2004, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) assinaram um protocolo de intenções para cooperação técnico-científica que visa incluir, por meio da Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC, tópicos de metrologia, normalização e qualidade nas diretrizes curriculares de graduação. Na visão do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, o MEC deve incentivar a inserção da metrologia – ciência que afeta o dia-a-dia do cidadão– não apenas na educação superior, mas, também, no ensino fundamental.