ENSINO PRESENCIAL OU ENSINO REMOTO EMERGENCIAL: O QUE PREFEREM E VALORIZAM ESTUDANTES E PROFESSORES DE PROJETO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Autores/as

  • Marina Duarte Instituto Superior de Engenharia do Porto – Instituto Politécnico do Porto CIIE–Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Universidade do Porto
  • Fátima Monteiro Instituto Superior de Engenharia de Coimbra – Instituto Politécnico de Coimbra

Palabras clave:

COVID-19, ensino remoto emergencial, ensino superior, educação em engenharia

Resumen

Em março de 2020, a pandemia forçou as instituições do ensino superior portuguesas a adotarem o ensino remoto emergencial suportado por tecnologia digital. Desde então, têm-se sucedido períodos alternados de aulas presenciais e de aulas remotas online (total e parcialmente). No Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em Portugal, e durante os vários estados de emergência decretados pelo governo, todas as aulas foram remotas, passando a ser parcialmente presenciais sempre que o alívio das restrições à circulação de pessoas o permitiu. No caso particular do Departamento de Engenharia Mecânica do ISEP, as aulas teóricas foram sempre remotas, mas as aulas teórico-práticas e práticas-laboratoriais passaram a presenciais sempre que tal foi possível. Por isso, a maioria das aulas que os estudantes de Engenharia Mecânica tiveram entre março de 2020 e julho de 2021 foram remotas. Este estudo tem como objetivo investigar se estudantes e professores de unidades curriculares de projeto consideram o ensino remoto emergencial uma boa alternativa ao ensino presencial, qual a sua preferência, e quais as características que as aulas remotas online devem ter para serem uma boa alternativa às aulas presenciais. No caso dos estudantes, o estudo é longitudinal, sendo ainda possível averiguar se as suas perceções mudaram com o passar do tempo e com a frequência de mais aulas de projeto quer presenciais quer remotas. Os resultados mostram que a maioria dos estudantes considera as aulas remotas uma boa alternativa e gostariam de vê-las substituir as aulas de projeto presenciais, o que não acontece com os professores. Os dados mais recentes mostram que os estudantes valorizam os aspetos que melhor replicam, em ambiente digital, as aulas presenciais, nomeadamente no que respeita a serem síncronas, à interação com o professor em pequenos grupos, a ver e ouvir o professor e poder mostrar-lhe o ecrã do computador. Os dados recolhidos junto dos professores na mesma altura, mostram-se concordantes com estes.

Biografía del autor/a

  • Marina Duarte, Instituto Superior de Engenharia do Porto – Instituto Politécnico do Porto CIIE–Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Universidade do Porto
    Professora Adjunta no Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia do Porto do Instituto Politécnico do Porto, em Portugal, onde leciona há quase 30 anos. É licenciada em Engenharia Mecânica, na opção de Fluidos e Calor, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Portugal e mestre em Engenharia Mecânica, especialização de Engenharia Térmica, pela FEUP, Portugal. É também mestre em Ciências da Educação, especialização em Pedagogia Universitária, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Portugal e Doutorada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. É membro integrado do CIIE-Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. É membro do Colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros Portuguesa e membro da Sociedade Portuguesa da Educação em Engenharia.
  • Fátima Monteiro, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra – Instituto Politécnico de Coimbra
    Professora Adjunta no Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra do Instituto Politécnico de Coimbra, em Portugal, onde leciona há 25 anos. É Licenciada e Mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Portugal. Tem o Curso de Mestrado em Educação e Formação de Adultos pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. É Doutorada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. É membro da Sociedade Portuguesa da Educação em Engenharia e do Grupo de Trabalho Ética na Educação em Engenharia (GT-EEE).

Publicado

2021-10-07